MINICURSOS
Confiram abaixo os minicursos que ocorreram durante o IV SIMPZOO.
Os minicursos serão simultâneos e apenas inscritos no evento, mediante taxa extra de R$ 15, podem participar.
Observem a ementa de cada minicurso e atentem às observações e ao número de vagas!
Minicursos diurnos (carga horária: 12h)
Introdução a biologia molecular e suas aplicações aos estudos zoológicos
(Sala de aula do PPGCB)
Ministrantes: Me. Felipe Magalhães, Me. Ricardo Silva e Me. Juan Pablo Zurano
Número de vagas: 15
Observações: alunos deverão trazer notebook
Ementa: Por séculos, os estudos em zoologia se apoiaram, em sua maioria, nos aspectos morfológicos dos organismos. Este cenário começou a mudar com o advento da genética e biologia molecular a partir da década de 50. Desde então, a aplicação crescente desses recursos nas pesquisas zoológicas vem proporcionando novas possibilidades de pesquisa e trazendo informações importantes para estudos sobre processos evolutivos, diversificação, taxonomia e relações filogenéticas de diversos grupos biológicos. O curso propõe apresentar um breve histórico do uso das ferramentas moleculares em trabalhos zoológicos, além apresentar as principais técnicas de sequenciamento utilizadas (microssatélite, Sanger, NGS) ao longo dos anos abordando diversos estudos de casos. Será mostrado, também, os processos envoltos na pesquisa em biologia molecular, desde o planejamento teórico/desenho amostral da pesquisa às técnicas de extração de DNA e sequenciamento de amostras. Além disso, os alunos terão contato prático com os aspectos básicos de um trabalho de biologia molecular incluindo o conhecimento dos principais bancos de dados, obtenção (a partir de banco de dados) e edição de sequências de DNA, realização de análises exploratórias iniciais e reconstrução de árvores de gene/espécie.
Primeiros passos na redação científica: como sobreviver ao TCC (Lab. de Anatomia Vegetal)
Ministrantes: Me. Janete Andrade e Me. Artur Menezes
Número de vagas: 15
Ementa: As etapas da pesquisa científica, tais como concepção de projetos, entrega de relatórios e publicação de artigos, têm a escrita como uma das principais formas de convencimento das agências de fomento e periódicos de divulgação. Contudo, as defasagens na redação científica é um problema recorrente, entre graduandos e pós-graduandos, e pode ser evidenciado em trabalhos de conclusão de curso ou resumos para congressos. Tais defasagens podem ser originadas pela não obrigatoriedade na realização de trabalhos de conclusão de curso ou pela falta de estímulo aos alunos dos cursos de licenciaturas, por exemplo, à realização de iniciação científica. Assim, o objetivo desse curso é divulgar e elucidar conceitos básicos da comunicação científica, tais como questões norteadoras, hipóteses, predições e objetivos na perspectiva da redação de projetos e textos de divulgação. Focaremos na estruturação de projetos de pesquisas e estudos com hipóteses de associação e relações causais, além de projetos de cunho descritivo, redação de resumos simples e expandidos e, por fim, apontaremos alguns erros comuns na redação científica.
Formigas: da ecologia à taxonomia (Sala de aula do DSE 3, 4, LEAD e Lab. de Entomologia)
Ministrantes: Me. Brisa Lunar e Marília Costa
Número de vagas: 15
Observações: alunos deverão trazer notebook, pinça de ponta fina e caneta nanquim preta nº 0.1, além de usarem roupas apropriadas para campo (calça e sapato fechado)
Ementa: Neste minicurso temos como objetivo introduzir aos estudantes informações biológicas dos representantes brasileiros da família Formicidae, quanto a sua nidificação, forrageamento, distribuição geográfica e história evolutiva. Como também atividades práticas de vivência em campo através de coletas variadas. Ao fim do curso, esperamos que os participantes sejam capazes de planejar suas coletas e identificar as subfamílias e gêneros, com autonomia para a morfoespeciação. Além disso, esperamos que eles sejam aptos a caracterizar as funções ecológicas desenvolvidas por esta família nos ecossistemas e comunidades terrestres, afim de empregar tais informações em seus projetos de pesquisas.
Os insetos e a perícia oficial criminal no Brasil e na Paraíba (Aud. do DSE)
Ministrante: Dr. Rodrigo Farias
Número de vagas: 40
Observações: participantes deverão trazer impresso e assinado termo de que estão de acordo com a exigência de manter os celulares desligados, bem como não fotografar, filmar ou gravar em áudio das apresentações (clique aqui para baixar o termo de concordância)
Ementa: Perícia oficial criminal: do que se trata, áreas do conhecimento utilizadas e finalidades. Entomologia Forense: histórico no Brasil; aplicações; métodos de estimativa de intervalo pós-morte (IPM); principais espécies de insetos utilizadas na estimativa de IPM no Brasil; estimativa de IPM – grau-dia (ou grau-hora) acumulado e “padrão” de colonização do cadáver pelos insetos. Como funciona a perícia oficial criminal de entomologia forense no Brasil. Resultado da perícia: o Laudo Pericial – estrutura do Laudo; destinatário final do Laudo. Relatos de casos de homicídio na Paraíba: cadáver em área de mata atlântica; cadáver inumado; dois cadáveres em um rio; cadáver em canavial; cadáver carbonizado. O caso Vivianny Crisley: exemplo de imposições das circunstâncias para a correta utilização dos dados entomológicos e quando a entomologia forense contribuiu para a dignidade da pessoa humana. Cadáveres em residências: peculiaridades dos casos de morte natural.
Modelando a distribuição das espécies (Aud. da Prefeitura Universitária)
Ministrante: Dr. Thadeu Sobral-Souza
Número de vagas: 20
Ementa: O mini-curso visa oferecer uma introdução à teoria e às técnicas de modelagem de nicho ecológico (“Ecological Niche Modeling” - ENM) e, consequentemente, à distribuição potencial das espécies. Serão apresentados os conceitos mais relevantes da teoria de nicho ecológico. As aulas terão ênfase primeiramente na parte teórica, para maior compreensão da construção dos modelos, seguida por partes práticas, onde serão apresentadas as principais técnicas relacionadas ao processo de modelagem, com revisão das ferramentas atualmente disponíveis, no software R e SIG. Este mini-curso abordará questões relacionadas aos padrões de distribuição potencial de espécies, biogeografia, biogeografia histórica e conservação, que trarão a disponibilidade para que os estudantes identifiquem perguntas pertinentes e métodos relevantes para seus projetos de pesquisa.
Introdução ao geoprocessamento: noções básicas de QGIS (Lab. de Informática da UFPB)
Ministrante: Me. Camila Brasil
Número de vagas: 20
Observações: alunos deverão trazer notebook com o software QGis instalado (clique aqui para baixar)
Ementa: O minicurso tem a proposta de iniciar os alunos nos estudos de geoprocessamento a partir de uma exposição teórica e exercícios práticos em um software GIS. Para facilitar as práticas durante o curso, sugiro neste primeiro momento a utilização do QGIS, um software livre e open source. Ao final do minicurso, esperamos que o aluno saiba construir seu próprio mapa, acessando bases de dados disponíveis online e com a inclusão de seus dados de pesquisa.
Minicursos noturnos (carga horária: 4h)
Como organizar referências no Mendeley (Sala de aula do DSE 1)
Ministrante: Me. Luane Azeredo
Número de vagas: 10
Observações: alunos deverão trazer notebook
Ementa: Quem vive na academia sabe o quão chato é organizar referências bibliográficas e suas respectivas citações, principalmente se forem deixadas por último. Desta forma, foram criadas ferramentas especializadas para organizar todo o referencial teórico que utilizamos em nossos trabalhos, além de claro, guardá-los em um banco de dados que facilite sua busca. E tudo isso automaticamente! Este é o caso do Mendeley, a ferramenta que iremos utilizar em nosso curso. Teremos o objetivo de aprender a importar artigos diretamente de seus repositórios (sim, o Mendeley também faz download do PDF), organizar todas as informações, criar pastas separadas por assunto, grupos de compartilhamento, importação para o MS Word, citações e bibliografia inseridas automaticamente e importação/exportação para outros programas semelhantes.
Sons da natureza: uma introdução à bioacústica (Sala de aula do DSE 4)
Ministrante: Me. Shaka Furtado
Número de vagas: 15
Ementa: A comunicação acústica é uma modalidade amplamente encontrada nos diversos grupos animais, tanto invertebrados quanto vertebrados, que se baseia na produção sonora. A bioacústica consiste no estudo desta modalidade de comunicação, especificamente sobre aspectos relacionados à produção, transmissão e recepção desses sons e à compreensão de suas funções biológicas, tais como reprodução, coesão social, defesa, entre outros. Neste minicurso faremos uma introdução a este campo de estudo, abordando noções, conceitos e métodos básicos, bem como potenciais aplicações e desafios desse campo de estudo que representa uma interface entre a biologia, física e matemática.e pesquisas.
Coleções zoológicas e suas interfaces (Sala de aula do DSE 5)
Ministrante: Dra. Jéssica Prata
Número de vagas: 15
Ementa: As coleções biológicas visam refletir a diversidade biológica de uma determinada área no tempo, fornecendo subsídios para medidas de conservação das espécies e áreas naturais. Elas servem de testemunho de estudos científicos, além de fornecerem um estoque de material biológico para pesquisas futuras. A manutenção de coleções zoológicas garante a denominação de grupos de organismos e estabelecem a base de informação para análises de distribuição geográfica, diversidade morfológica, relações de parentesco e evolução das espécies, levando a uma maior compreensão da vida do planeta. Relevante para a saúde pública, agropecuária, setores industriais, entre outros. Neste curso serão abordados tipos de coleções zoológicas, características da curadoria dessas coleções, como organização, armazenamento e manutenção de coleções contendo animais e/ou suas partes para pesquisa científica e/ou ensino. Além de procedimentos e técnicas logísticas específicas para diferentes grupos taxonômicos. Serão considerados a importância das coleções zoológicas para diferentes áreas do conhecimento e problemas cotidianos, apresentando soluções para um entendimento geral. O trabalho nas coleções zoológicas é constante e requer planejamento, ética e experiência para que suas informações estejam acessíveis para as pesquisas atuais, como também para as próximas gerações. O curso será dividido em duas etapas, uma primeira expositiva e uma segunda com uma visita a coleções zoológicas da Universidade Federal da Paraíba.